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Esta novela gráfica atravessa as primeiras décadas do século XX e descreve o complexo processo político através do qual as mulheres conquistaram este direito em Espanha, em 1931, bem como a personalidade e o papel desempenhado pela advogada e deputada Clara Campoamor nesta conquista e a consciência política e o percurso pessoal de Mari Luz uma jovem da província, que chega a Madrid para trabalhar como cigarrera na Real Fábrica de Tabacos. Ali conhece Justi que a vai introduzir na luta pelos seus direitos, entre eles, o direito de voto das mulheres.
A documentação apresentada que inclui numerosas capas e páginas de jornais, numa entrevista diz Montse: apoiámo-nos muito nas fontes digitais do Arquivo Nacional de Jornais, que, graças ao grande trabalho de recuperação de documentos de todas as épocas, permite encontrar jornais, recortes de jornais, fotografias...
O prefácio de Joana Fernandes sublinha também a história do sufragismo português na pessoa de Carolina Beatriz Ângelo, uma das primeiras médicas licenciadas no país e a primeira a operar no Hospital de São José, chefe de família, por viuvez, e com uma filha menor a cargo, dirigiu um requerimento para que o seu nome fosse incluído nos cadernos eleitorais. O pedido foi indeferido, mas ela recorreu, e o juiz João Baptista de Castro deu-lhe razão. Assim, no dia 28 de Maio, Carolina foi a primeira mulher a votar em Portugal e no sul da Europa, num gesto de coragem sem igual na sua época.
Uma, mulher, um voto é uma homenagem a todas as mulheres que lutaram pelo voto feminino.