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Éric Corbeyran autor desta obra, aborda dois temas de forma original, um escritor em crise de inspiração, que há mais de 2 anos não consegue publicar e um problema social grave, a violência doméstica.
Louis Levasseur perdeu as ilusões, há mais de dois anos que não produz uma única linha e as vendas dos seus livros anteriores têm sido medíocres. Enquanto carrega a sua depressão pela rua, apanha o lixo de um caixote que um cão vadio rasgou. Diverte-se ao encontrar um grande número de instruções para electrodomésticos, bem como o diário de uma jovem mulher, cheio de lugares-comuns tão insípidos quanto narcisistas. À noite, como noutras noites, em frente ao seu computador, nada sai. Para se inspirar, teve a ideia de ir ao caixote do lixo para encontrar o diário desta mulher chamada Léa. Descobre que ela é a vizinha asiática do andar de baixo, que acaba de se mudar após o divórcio. Dona de casa submissa, Léa escreveu no seu diário sobre uma curiosa patologia: um dia, sem razão aparente, começou a "congelar" em frente de todos os electrodomésticos. Não se lembrava de como funcionava um aspirador, uma máquina de café ou uma máquina de lavar roupa. Louis achou que era uma ideia brilhante e decidiu fazer disso o tema do seu novo romance. Avisou o seu editor que tem o próximo bestseller e começa a escrever freneticamente, contando as consequências quotidianas desta curiosa doença, extrapolando e fantasiando sobre as suas origens...
Conquistado por esta amnésia singular, Louis aproveita as palavras desta "dona de casa desconhecida" e faz dela a heroína do seu novo romance.
Animado pelo sucesso mundial do seu livro, Louis está agora feliz e realizado. Até ao dia em que descobre a "verdadeira" história de Léa.
O grafismo altamente realista do artista coreano Gwanjo - que por vezes se inspira nos manhwa (manga coreana) - é inteiramente feito a lápis, o que contribui para a atmosfera íntima da história.
O prefácio tem a autoria da jornalista Helena Ferro de Gouveia reconhecida activista pelos direitos humanos.