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Foram anos para elaborar e para adaptar a obra-prima de Umberto Eco: «O Nome da Rosa». Um trabalho precioso, que conta com estilos gráficos diferentes: o nosso tempo, o passado e as suas maravilhas de pedra e de tinta. Temos Milo Manara no cume da sua arte.
Reconhecido sobretudo pelo seu trabalho erótico e pelas suas colaborações com Federico Fellini, Milo Manara inspirou-se na fisionomia de Marlon Brando para desenhar William de Baskerville, o frade franciscano que tenta descobrir com a ajuda do jovem beneditino Adso de Melk, quem é o responsável por uma série de mortes misteriosas que ocorrem em 1327 numa abadia medieval isolada, estruturada em torno de uma inacessível biblioteca.
Uma obra singular em que Milo Manara coloca no papel três estilos gráficos distintos que se cruzam em busca da perfeição visual. Através de cada um destes registos, Manara narra as diferentes dimensões do romance do célebre escritor italiano: as esculturas, os relevos dos pórticos e as maravilhosas e surreais iluminuras que acompanham os livros da biblioteca da abadia; a descoberta da sensualidade por Adso; a história dos frades dolcinianos considerados heréticos. O Nome da Rosa de Manara amplia, pois, magistralmente a arquitectura literária do romance de Umberto Eco, como se de uma matrioska se tratasse, um romance que é também um livro sobre livros, que contém outros livros.
Esta adaptação não se trata, assim, de uma mera transcrição gráfica do romance mais célebre de um dos nomes maiores da literatura italiana, mas sim um trabalho de génio que lhe atribui um singular brilho visual.